quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Contação de Histórias - Um universo paralelo

' Se bem “me lembro”, minha vida já iniciou com histórias, desde que fora concebida, no mais aconchegante centro da vida, aprendi a ouvir histórias....Histórias de como aconteceria “aquela” existência em sua forma mais plena a surpreender o mundo e surpreender-se diante dele. Pois as idéias, ainda que sugeridas e porque não, cheias de créditos em sua veracidade, corriam de boca em boca, da mãe a avó, passando pelas tias e primos mais novos, do pai aos amigos mais próximos. As histórias de como escolher um nome e toda a magia que a ele era reservada, em suas características de fortaleza protetora e arrebatadora de vencer os desafios propostos pela trajetória ainda tão incerta, acompanhando para sempre imagem e palavra que intitula alguém especial. As histórias sobre como seria esta existência em sua forma física, cabelos, olhos, temperamento e essência percorria, dias e noites, até o momento de sua revelação declarada de querer fazer parte deste universo: nascer. Deste início, sabe-se que o que estava reservado era construir os caminhos não só ouvindo as histórias que ainda viriam ao seu encontro, mas trilhar a sua própria história. Assim, como na humanidade desde sua criação vem acontecendo, ouvi todas as histórias, fiz parte delas e de outras tantas que também criei.' (PaTTi Cruz em Depoimento na Mesa Redonda no evento –Maratona de Contação de Histórias – 2007-)


Os estímulos começam cedo, mas, o gosto pelo ofício das letras e palavras é desenvolvido cada vez mais, na medida em que estreitamos estes laços.

Temos em nossa memória, muito provavelmente, lembranças de contos que nos transportam a uma determinada época. Imagens que associamos a uma história, ou canções que nos revelam mensagens, a verdade é que nunca estamos sós. Em nossas vidas estão sempre colocados os fatos que vivenciamos e preservamos, e em determinados momentos lançamos mão, conforme nossa necessidade.

Para cada um, uma mesma história pode despertar aspectos emocionais bastante diferentes. O importante, talvez, seja poder contatar com nosso íntimo de leitor e ao mesmo tempo de ser atuante nesta história, isto é, no momento que a vivenciamos quando a lemos ou ouvimos e estabelecemos relações com os sentimentos e sensações que nos foram revelados. Encontramos aí, quem sabe, um dos imensos valores das histórias, reativar nossos pontos de culminância do existir. Neste momento, em que conectamos com possibilidades entre aquilo que lemos e o que somos, podemos perceber muito de nós, nossas potencialidades e nossas necessidades de transformação.

2 comentários:

Rosângela Beatriz Pereira Dias disse...

Patti parabéns pelo seu trabalho!!!

Abraços!!!

PaTTi Cruz disse...

Obrigada, querida!Este é realmente um trabalho apaixonante!!!! Em outubro teremos outra Maratona de Contação de Histórias no Teatro de Arena...Vou te esperar!!!