sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Escrita com Arte

No mês de janeiro realizamos as Quintas com Arte. Nestes encontros foram promovidas propostas de Oficina de Escrita com Arte
A idéia não foi trabalhar o desenvolvimento de textos, exaustivamente, mas permitir que nascessem através da libertação das palavras pela fluidez do processo criativo. Nas dinâmicas procuramos contemplar a expansão dos movimentos, o descortinar das emoções contatando com diferentes recursos expressivos e, principalmente, contatando consigo mesmo.

Nós somos nossos mais incríveis instrumentais criativos. Está em cada um de nós a habilidade criativa e em nosso desejo o instante de despertá-la. Como nos diz Clarice Lispector: “ Cada coisa tem um instante em que ela é. Quero apossar-me do é da coisa.” Assim, permeado por reflexões, ações, transmutações os encontros foram motivadores desta busca: da posse do é de cada coisa, de cada descoberta que acontecia na medida da entrega, da emoção, do amor pela palavra dita, da palavra contida, da palavra escrita, do silenciar e do (re) construir.


Destaques

O que ficou de cada encontro...

A palavra pode ser colocada em várias formas e por vários motivos. Em diferentes idiomas, com distintas intenções. O fato é que toda vez que surge ela permite nascer o que se ocultava dentro de nós. A palavra é, portanto, um canal com o divino de cada ser, tendo como fonte de entendimento desta expressão tudo que é sublime, encantador e que nos conecta com nossa sensibilidade pura, que prolifera nossa crença a partir dos nossos sentidos. As letras, a musicalidade, a expressão do corpo, a arte é pura revelação do simbolismo contido no centro de cada ser humano.



O nascer das palavras, este caminho nos leva, onde nascem as palavras, somos levados as margens de um rio. Um rio que corre, que traz novas águas, que deságua em novos percursos e se renova. O rio que é sempre fluidez e, um rio que nunca é o mesmo. No rio há vida, há abundância, há supremacia da natureza e ouvindo a água que corre vamos deixar que as palavras passem por nós.

Assim, como estas palavras nascem na margem deste rio, palavras nascem de nosso interior cada vez que um sentimento se ascende. Mesmo que elas não sejam pronunciadas ou que venham de forma consciente, elas justificam, nomeiam estes sentimentos, estas sensações. As palavras são como o movimento do rio, num ritmo de ir e vir, de estar, de partir, de retornar em novos contextos, de purificar e solidificar relações. Às vezes estamos à margem, outras em um espaço mais profundo, por tempos pisamos raso em outros nos arriscamos e mergulhamos a caminho das descobertas.

Processos e vivências

  1. Compondo perfis por imagens

2. Desmistificando a folha branca

3. Escultura e pinceladas de palavras

4. Novas percepções, novas palavras

5. Um novo contexto para uma velha história

6. Brincando de dar novos nomes a objetos já conhecidos

7. Modelando palavras: proposta com argila e amor

8. Desenhando palavras

9. Movimentando-se em frases: o corpo receptáculo de palavras

10. Soprando palavras nas linhas da vida

11. O mapa das emoções

12. Nascer palavras

13. Impressões do corpo: proposta com monotipia (A escolha da técnica: é um processo no qual obtemos um único exemplar da matriz e uma única cópia. Assim como nós somos únicos a cada momento expresso em emoções e sentimentos).

14. O corpo que traz histórias

15. Costurando a Escrita da Vida







Nenhum comentário: