sábado, 2 de outubro de 2010

Mais um sábado com o PotencializArte - Encontro do dia 25 de setembro

Nossos recursos expressivos deste sábado: Giz Pastel Oleoso e Aquarela com os temas
Reflexos – Olhos nos óleos e Experimentando-se em Aquarela

Reflexos - Olhos nos óleos
Tudo o que pensamos estamos transformando em possibilidades, ao investirmos nossa energia a partir das ideias e pensamentos damos foco e nosso pequeno universo, imerso no corpo do mundo começam ambos a movimentar-se na direção “desejada”. Tudo se reflete...Basta olhar e perceber...
Ações e reações vão configurando-se na medida em que os fatos acontecem. Recebemos e devolvemos, refletimos, tornamos a nos movimentar e reagindo nutrimos nossa existência com a plenitude da concretização ou com as resistências que nos envolvem. Assim, nas linhas que seguem o percurso podemos senti-las mais livres, se aliviarmos as tensões ou, mais duras se não quebrarmos os paradigmas.













Experimentando-se em Aquarela

A Aquarela em mim

(Por PaTTi Cruz - Educadora, Esp.Arteterapia,
Consultora de Desenvolv. Humano e Criatividade Docente
do Curso de Pós Graduação Lato Sensu de Arteterapia - Centrarte/RS,
Contadora de História do Teatro de Arena)

Sentimento, universo das emoções sendo movimento pelas energias internas em contato com a água que limpa, purifica e torna transparente. A aquarela tem uma consistência pastosa, por isso precisa da água para fluir. Ao contato com a superfície vai manifestando sua marca, translúcida, sem cobri-la totalmente, possibilitando ver o que está abaixo de suas cores.
Nossas emoções, sentimentos, sensações quando estão guardadas, protegidas, por vezes presas “na garganta” vão ao encontro da água que assegura-se de nosso mundo emocional, desperta em um soluço e lágrimas nos vêm aos olhos de riso ou choro, rompendo as barreiras e revela o que sentimos. Neste momento estamos em nossa transparência de ser, permitimos fluir as cores da nossa alma.
Na aquarela podemos intensificar os tons, acrescentando uma pouco mais da cor, sobrepondo-as se desejarmos, mas a suavidade é permanente.
As cores vão tomando formas e revelando conteúdos, no processo de inspiração/intuição nosso mundo se coloca pela ponta dos pincéis, as linhas se formam e dão continuidade ao pensamento. A aquosa se espalha, desliza o traço, foge do ritmo que imaginávamos, nos inquieta, aprendemos pouco a pouco que nem tudo se permite controlar. Conectamo-nos com os sentimentos e descobrimos que nossa rigidez precisa de trégua, precisa de ar, precisa respirar, precisa de água para refrescar. Afastamos o pincel oxigenamos os seus fios, o mergulhamos na água geradora de sua vida em cores. E se em algum momento percebermos que há excesso, podemos aproximar um pequeno pedaço de esponja e absorver o que está sobrando e as emoções irão se configurar na medida exata, reintegrando emoções guardadas e exteriorizadas.
A superfície que espera pela aquarela é semi áspera, com uma certa granulação para que a tinta se conecte ao contato. Folhas com fios fibrosos que permitem a aderência da cor e um efeito especial entre luz e sombra.
Em nossas defesas, por vezes, nos colocamos amparados pela rudeza, enrugamos as feições do rosto, nossas expressões, na intenção de protegermo-nos, nos apresentamos fibrosos, até mesmo quem sabe, para poder receber melhor a emoção que se adere a nós. Esta superfície é o que mostramos, mas olhar para dentro de nosso pequeno universo nos faz perceber a profundidade. Deixar correr os sentimentos, elevar os pensamentos, inundarmos de afeto nosso ser mais íntimo, permitir. Por uma vez apenas, permitir aos sentimentos correrem, irem ao encontro do que somos e transparecer a mais bela paisagem interna. Este efeito pode ser admirado, acolhido, aquecido por cada um que souber a olhar com sensibilidade.







 

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