PaTTi Cruz: Maratona de Contação de Histórias 2010

Grupo de Contadores de Histórias do Teatro de Arena

INFORMATIVO DA

IV MARATONA DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS DO TEATRO DE ARENA

26, 27, 28 DE OUTUBRO DE 2010

“A INCANSÁVEL ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS”

1. A PRODUÇÃO DA IV MARATONA:

União, força, determinação! Mais que palavras, foram atitudes que fizeram a IV MARATONA ser, primeiro, um compromisso, depois, muito trabalho, e como resultado, uma realidade muito especial para o GRUPO DE CONTADORES DE HISTÓRIAS DO TEATRO DE ARENA. Especial porque é dedicada à EVELINE CEARÁ, que nos acompanha de sua querida Fortaleza, e porque faz homenagem à CARMEM LÚCIA GOMES, que nos deixou para sempre. Contadoras que idealizaram a MARATONA, e nos legaram “A INCANSÁVEL ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS”.

2. AS ATRAÇÕES DA IV MARATONA:

DIA 26 – TARDE: A abertura do evento, com a história “De Lagarta a Borboleta (A Transformação da Vida)”, de Maria Salette & Wilma Ruggeri, apresentada por Carmen Lima, da “Trupi di Trapu”, foi em homenagem a Carmem Lúcia Gomes, e

De Lagarta a Borboleta

culminou com uma revoada de pequenas e coloridas borboletas de papel provocada pelos leques dos integrantes do GRUPO DE CONTADORES DE HISTÓRIAS DO TEATRO DE ARENA, e a leitura, por Anderson Gonçalves, também da “Trupi di Trapu”, do seguinte texto de Silvio Wolff:

“A borboleta contadora de histórias

Pensou em tardes no Teatro de Arena

Repletas de pura magia e encanto

Trouxe contadores e artistas de todo canto

Convidou crianças das escolas da cidade

E a Maratona de Contação virou uma realidade

A borboleta contadora de histórias

Falou de aventuras, heróis, príncipes e princesas

Pintou a cara para se divertir

Chorou uma grande vontade de rir

E se sentiu plenamente realizada

Com a alegria do riso da criançada

A borboleta contadora de histórias

Agora tem ao lado as crianças do céu

Anjos que estão emocionados como nós

Celebrando com festa a essência daquela voz

Que agora é chama eterna em nossas memórias:

A incansável arte de contar histórias.”

Aquela chama que aqui ficou arde forte, e agora é nosso farol!

Terminado este momento de forte emoção para o Grupo e familiares de Carmem Gomes, o nosso Mestre de Cerimônias, SAPO INÁCIO, passou a conduzir a Maratona, apresentando as atrações, a arrancando muitas gargalhadas da galerinha que lotava o “Arena”.

Sapo Inácio – o Mestre de Cerimônias

Lorena Manique, interpretando uma “vovozinha” muito ligada em ecologia, convidou várias crianças para ajudá-la a contar “A Minhoca Dorminhoca”, da Bióloga Daniela Weil, Um mergulho no universo das minhocas, numa linguagem acessível ao público infantil, com destaque à importância desses minúsculos bichinhos para o planeta.

A Minhoca Dorminhoca

Já a história “Maria Molhada” foi contada pela própria autora, Silvia Caminha, que, auxiliada pelo ilustrador e designer Marcelo Germano, divertiu a criançada.

Maria Molhada

Continuando a programação, “Os Pifuripafos”, o grupo de contadores infanto-juvenis da EMEF Dep. Marcírio Loureiro Goulart, sob o comando da Profª Claire Mânica, nos brindou com contações ao ritmo de poesias infanto-juvenis, de cantigas de roda, e de histórias diversas.

Os Pifuripafos

E, para encerrar a tarde de abertura da IV MARATONA, nada menos do que a “Trupi di Trapu”, com o espetáculo “Trupicando”, teatro de bonecos apresentando várias histórias infantis de uma maneira muito criativa, característica marcante da “Trupi”, que encanta crianças e adultos.

Trupi di Trapu em Trupicando

DIA 26 – NOITE: A primeira noite da IV MARATONA teve como atrações “A Ecologia e as Artes Visuais”, uma palestra áudio-visual com Zoravia Bettiol, mostrando como interagem arte e natureza, e “Declamação de Trovas Humorísticas” por poetas e trovadores da UBT (União Brasileira de Trovadores), que contaram “causos” e situações engraçadas em versos.

A Ecologia e as Artes Visuais

Declamação de Trovas Humorísticas

DIA 27 – TARDE: A programação começou em ritmo acelerado, com Léia Cassol apresentando “Férias na Floresta / Uma História Apaixonada / Minhoquices”, pout-porrit de histórias cantadas, onde temas como meio ambiente, amizade e fantasia permearam a atividade. Aproveitando a alegria do “Arena” repleto de crianças, Ana Carolina Pinheiro fez sua estréia como contadora de histórias, cantando e contando “Violeta-Menina”, tudo de autoria dela mesma.

Léia Cassol

Ana Carolina Pinheiro

Dando continuidade aos “embalos da quarta à tarde”, “Bac Bafo & Bac Bom no Mundo de Dona Boca”, nas mãos de Eduardo Cezimbra (PROMODONTO), nos mostraram que saúde bucal se aprende brincando. Bruxigirl também foi brincar, mas com a vassoura da mestra Bruxelda, que não voou mais, e a solução foi chamar a Fada. Essa foi a história de “Bruxa Bruxelda e sua Aprendiz”, baseado na Vassoura da Bruxa, de Rosana Rios, com Maju (Maria Júlia), Lelé (Leila Mylius) & Rosaura.

Bac Bafo & Bac Bom

Bruxa Bruxelda

DIA 27 – NOITE: A partir de viagens ao Litoral Sul do Rio Grande do Sul, Maria Helena Bernardes coletou histórias das vidas e das experiências dos moradores. Em algumas delas, confundem-se realidade e ficção; em outras, o caráter de lenda torna-se evidente. Algumas histórias são cômicas, outras irônicas ou trágicas. Em “Histórias de Península e Praia Grande”, algumas dessas histórias foram contadas por Maria Helena Bernardes, acompanhada pelo músico Fernando Lewis de Mattos, diretor do Departamento de Música da UFRGS.

Sendo o assunto da noite histórias do Rio Grande do Sul, Adriane Azevedo e Carlos Freitas, se revezaram entre narração, personagens e sonoridades percorrendo o conto gauchesco “O Boi das Aspas de Ouro”, de Barbosa Lessa, que narra a história de um boi que vagava pelos descampados de um Rio Grande ancestral. Possuía as guampas de ouro e era tido como portador da felicidade, o que naturalmente provocava a cobiça e a perdição dos homens, mas que conduz a um final exemplar.

Histórias de Península e Praia Grande

O Boi das Aspas de Ouro

DIA 28 – TARDE: A tarde do último dia da IV MARATONA começou com Lisete Johnson contando a história de seu livro “As Caveiras Transviadas”, uma turminha do outro mundo, “pra lá de fashion”, seguida do Grupo de Teatro do CENEAMM 1º de Maio, apresentando a montagem que criaram para o “Sítio do Pica-Pau Amarelo”.

As Caveiras Transviadas

Sítio do Pica-Pau Amarelo

O Grupo de Contadores de Histórias da UFRGS, “QUEM CONTA UM CONTO”, também se fez presente nesta tarde, trazendo “Histórias de Morte Morrida”, de Ernani Ssó, assim como o GRUPO DE CONTADORES DE HISTÓRIAS DO TEATRO DE ARENA, com Claire Mânica em “O Nome da Fruta”, de Francisco Marques, Graça Letti, Lu Frassanito & Silvio Wolff em “Uma História Atrapalhada”, de Gianni Rodari, e a “Trupi di Trapu” apresentando mais uma vez o espetáculo “Trupicando”.

O Nome da Fruta

Histórias de Morte Morrida

Uma História Atrapalhada

DIA 28 – NOITE: O Grupo “Amadores do Palco”, do CMET Paulo Freire, com direção do Prof. Isaías Quadros, abriu a noite encenando a peça “Uns & Outros”, que se passa em uma cidade brasileira, no período eleitoral. O deputado João Pinto Cólica e sua esposa participam de inaugurações de obras, comícios, auxiliam ONGS e campanhas em prol da população necessitada. Tudo se encaminha para uma reeleição tranqüila. Porém, a repórter Eduarda do “Grande Jornal Falado” suspeita que haja algo por trás de tão generoso homem público.

Uns & Outros

E, para encerrar a IV MARATONA, o GRUPO DE CONTADORES DE HISTÓRIAS DO TEATRO DE ARENA, ocupou o palco para fechar o evento com várias leituras, primeiro com Lu Frassanito, lendo uma mensagem a pedido de Luiza Eunice, mãe da nossa saudosa e inesquecível Carmem Gomes, seguida de Claire Mânica e “Um Estranho Animal”, texto de Mario Quintana. Graça Letti contou “Matias Quer Um Amigo”, de Elma.

Mensagem

Um Estranho Animal

Matias Quer Um Amigo

O GRUPO DE CONTADORES DE HISTÓRIAS DO TEATRO DE ARENA também tem PaTTi Cruz, que interpretou “Uma História Colorida nas Pétalas da Margarida”, história criada, por ela, especialmente para esta Maratona. O “casal de mentirosos”, Lu Frassanito & Silvio Wolff, contaram a história do “Homem Mais Mentiroso do Mundo”, de Raquel Grabauska. O fechamento se deu com a leitura, pelo Grupo, de “Coisas do Arena”, de autoria de Silvio Wolff.

PaTTi Cruz

O casal de Mentirosos

Lu, Claire, Graça & PaTTi

3. O PÚBLICO DA IV MARATONA:

A intenção de lotar o Teatro de Arena com alunos de escolas públicas e instituições beneficentes foi atingida, pois nestes três dias contabilizamos cerca de 800 expectadores, entre crianças, jovens e adultos. As escolas que contribuíram para esta realização foram as EEEF Estado do Rio Grande do Sul e Simões Lopes Neto, o CEFP Flores da Cunha (Instituto de Educação), as EMEF Marcírio Loureiro Goulart e Vila Monte Cristo, as EI Estradinha Encantada (DAER) e A Pequena Sereia, o CC Jardim Renascença, o CMET Paulo Freire, o CENEAMM 1º de Maio, e o Colégio La Salle Pão dos Pobres, além de expectadores de outras escolas que não agendaram. A grande novidade este ano foi a presença de turmas do EJA da EMEF Vila Monte Cristo e do CMET Paulo Freire para as atividades à noite. Compareceram também um grupo de dentistas do Hospital Conceição, e vários professores da rede de ensino do Estado e de Porto Alegre.