terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A Argila e sua utilização terapêutica

“No coração da terra bate o meu coração.
Cada vez que mergulho em mim, em meus pensamentos, em meus sonhos, mergulho, profundamente, na terra, no barro, na argila, na carne do mundo.
Cada vez que mergulho na carne do mundo, faço-me o cerne imbatível diante das minhas batalhas internas.
Vou andando pelos seixos do barro que encontro no fundo deste caminhar, abro fendas, rompo espaço e olho cada vez mais adiante para dentro.
Vejo a luminosidade úmida do barro que me mostra que posso encontrar o que procuro, olho para a luz e encontro a minha própria: luz úmida, inquietude serena na ânsia da descoberta.
É lá bem no fundo da vida que pulsa no barro que está a história que (re)conheço, junto a outras tantas já vividas. Povos distantes, vozes que ecoam, marcas que ficaram como registros, há luz na sombra, há sombra na luz, há a herança do que fui e do que me projeto ser.
Sou terra, o barro, a carne, o centro, o dentro e o fora, sou vida esculpida em mim!” (PaTTi Cruz)

Sobre Mandalas
A MANDALA é um diagrama capaz de representar as relações entre o ser humano e o Cosmo, cujo uso pode ser constatado nas mais remotas culturas. Para as civilizações orientais, há muito a Mandala serve de "elemento material" que faz a integração entre a realidade aparente e as esferas superiores. Tais esferas superiores podem ser vistas tanto como as fontes divinas da nossa existência quanto como o denominado por C. G. Jung como processo de individuação.
Segundo Jung , o círculo desenhado pode conter e até atrair partes conflitantes da natureza individual, mas,mesmo fazendo um conflito vir à tona, a Mandala leva a uma inegável e considerável descarga de tensão. A forma do círculo remete o homem ao isolamento seguro do ventre materno, é algo como uma linha protetora ao redor do espaço físico e psicológico que identificamos como nós mesmos. Na Mandala, é criado um espaço sagrado próprio, um lugar de proteção, um foco para a concentração de nossas energias mentais e emocionais.
O símbolo tem uma função integradora e reveladora do eixo de si-mesmo, entre o que é desconhecido – inconsciente individual e coletivo – e a consciência. O símbolo aglutina e corporifica a energia psíquica, para que o indivíduo possa entrar em contato com níveis mais profundos e desconhecidos do seu próprio ser e cresça com estas descobertas.




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