(Por PaTTi Cruz)
Um dia passeavam na floresta Butuí e Aniquéle.
Butuí, um pequeno inseto de asas longas e corpo fininho, olho arregalado e boca esparramada parecendo sempre sorrir.
Aniquéle, mais gordinho, meio esquisitinho, parecia uma bolinha com o corpo divididinho por marcas coloridas. Olhos negros e boca amarela, assustava um pouco, é verdade, mas era só quando estava parado!
Seu caminhar engraçado o deixava até simpático e seu peito vermelho enchia de festa a vida da floresta.
Encontram perto do rio, um ser estranho, parecia um pavio.
Perguntaram:
Qual seu nome, pequeno ser?
O ser “pavio”, que era bem compridinho, ficou com o pensamento do mesmo jeito...e um longo silêncio, comprido se formou.
Insistiram os dois amigos. Então, não sabes teu nome?
Não tenho nome, disse o pequenino ser.
Butuí e Aniquéle, correram pra lá e pra cá, se debatendo sem entender...Como assim, não pode ser! Todos os seres têm nome, inclusive você!
Espera um pouco, vamos pensar...
O que você faz?
Nada, não, respondeu o pequenino. Sou quietinho, nem faço barulho, não mordo, não ronco, não incomodo, nem faço graça, não faço mal a uma mosca ou traça.
Os dois, atônitos que estavam, não concordavam. Sem nome ele não podia ficar! Vamos logo pensar, um nome para batizar.
E assim, chamaram outros seres da floresta. Bichos grandes e pequenos, barulhentos, e silenciosos, que rastejavam e que nadavam, que andavam e que voavam. A volta do rio foi ficando cheia e a noite ia caindo.
Pedia Granila, a garça:
Vamos logo com isso, a noite chega e o céu escurece, tenho medo do que aparece.
Todos intrigados, com pequeno ali sentado. Nunca tinham visto tal tamanho, nem tão pouco tal estilo.
E quando tudo estava pronto e a noite estava negra, chamaram o pequenino para a beirada do rio para o batismo começar.
Eis que sem saber de onde veio, nele uma luz começa a brilhar!
Todos riem apavorados, da luz dourada que sai das asas do pequenino.
Luz de ouro, grita a garça! Feliz com a descoberta!
Agora sim, diz ela, não terei medo da noite escura, porque temos para sempre a luz-de-ouro como fortuna!
Butuí e Aniquéle, que encontraram o pequenino, são os padrinhos, que contentes exibem o bichinho.
Luz-de-ouro fica feliz, pois até então, não sabia o que podia ser!
Nada melhor do que encontrar amigos e saber que seu nome representa um grande poder. É também descobrir, que até os bichos têm histórias de vida e uma missão para no mundo desenvolver!
Nenhum comentário:
Postar um comentário