quinta-feira, 21 de julho de 2011

Parece Um Sonho

Texto criado para homenagear as Avós no dia 26 de julho, dia dedicado a elas. Atividade realizada com o Grupo de Conatdores de Histórias do Teatro de Arena.
(Por PaTTi cruz)
Num lugar muito distante, onde a mente não consegue imaginar e pessoas comuns não seriam capazes de viver, um ser generoso e de alma pura brotou. Brotou do solo, do contato com a mãe terra, nas raízes fortalecidas em amor e esperança.

Ainda não se sabia bem ao certo que ser era esse, pois em meio às flores este ser se destacava por ter cabelos, olhos, um nariz e uma boca que sorria vida.

Os cabelos eram leves, macios e claros como nuvens. Os olhos brilhavam muito e a tudo enxergavam dando um sentido de eternidade. A boca era alegre com sorriso pleno de infinitude.

Parecia gente, mas como se brotará da terra? Exalava um perfume adocicado e cada outro ser que passava por perto ficava inebriado. E porque exalava perfume e estava plantado, diziam que era flor.

Gente-flor. Flor de gente. Na verdade não importava. O fato era que ali nascerá e morava.

E o ser foi se expandindo em novas e inúmeras criaturas. Foram brotando e crescendo em longos braços que já cruzavam os limites do lugar.

Um dia a sábia natureza decidiu. Este ser que nos encanta e ilumina este lugar, que por aqui tudo perfuma e deixa leve o ar deve poder circular em outras esferas e mundos.

Milhares e milhares de anos depois, a vida na terra se formou, com seres que eram humanos...e outras tantas criaturas. Com o tempo percorrendo o espaço, a vida foi tomando novas formas e veio algo que hoje chamamos família e em nossas casas, aqueles que ainda têm este presente, circula um ser que, sabemos agora a origem, que é bem especial:

Parece um sonho...

Calda quente de chocolate

Algodão doce em dia de sol

Pipoca no parque

Brisa morna

Mão que acalma

Riso que aquece

Dia que amanhece

Nuvem flocada no céu limpinho

Doce de uva em pão quentinho

Águas claras

Lago tranqüïlo

Olhos de mel, melados de amor

Mundo perfeito

Colo que acolhe

Ondas de calor

Meia no pé

Mão com luvinha

É ela que cuida da criancinha

Ela faz doce e doce ela é

Doce, doce, doce...

É poesia, é música, é silêncio que embala o sono

É tudo que poderíamos querer encontrado em um único ser

Pode ser alta, pode ser baixa, pode ser magra ou gordinha

Tem aquelas que são mais jovens e outras já bem velhinhas

Tem estradas no rosto e histórias nas mãos,

Em sua enorme sabedoria compartilham tudo porque sabem que o maior tesouro é a alma que carregam

como bagagem de uma vida

São elas, estas doces e perfeitas criaturas, que fazem a vida ter um outro sabor.


Obrigada por existirem, AVÓS de Amor!

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